quinta-feira, 26 de junho de 2014

Alguma doçura e alguns cigarros

Essencialmente existem na vida os limites, os limites foram feitos para evitar a catástrofe total, ou seja o limite é uma espécie de doutrina, uma religião, é extremamente necessário que o façam, porque eu sinceramente já cansei de todo esse papinho adolescente de curtição desenfreada de vida, desse ideológico egoísta do: "a vida é minha e eu faço dela o que eu bem quiser", eu ainda encaro que faço parte de um corpo maior, de que sou apenas um grãozinho que contribui de certa forma para o funcionamento de um macro organismo que me devolve o que eu dou. O que me chateia por esses tempos é a minha nítida desesperança, que me coagiu a não cuidar nem do micro, nem do macro. Onde foi que eu perdi aquele entusiasmo infantil e aquele sentimento tolo de que tudo sempre dá certo? Isso eu não queria ter perdido, a desesperança nas pessoas, nas artes, nas crianças, meu coração passou por um processo de amarguramento de certa forma desumano. Por hoje eu só queria alguma doçura e alguns cigarros...

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Nos perdemos

Me lembrei aqui que um dia a gente se perdeu, num dia qualquer mesmo... Não existiu nada que o fizesse, mas ele se fez, como as verdades, como os caminhos das águas que se definem por vontade própria. Nos perdemos como as crianças que soltam a mão da mãe nos parques, nos perdemos como GPS Chinês, nos perdemos como quem perde os contatos do celular... Nos perdemos... Não existe fato gerador, não se trata de ICMS, não se trata de construção ou vontade. É só se perder e isso não é pequeno, isso é a vida, SIM VIDA, a vida nada mais é do que um eterno desencontro molecular em matéria solta que se aglomerou ao acaso. Não existe sofrer, não existe explicações, apenas nos perdemos...